Apesar de ter a maior disponibilidade hídrica do mundo, o Brasil encontrou problemas de escassez hídrica e conflito pelo uso da água em várias regiões.
Morando uma região rica em água, o uso eficiente da água continuou de ser uma das menores preocupações das populações que não percebem os desafios pelo futuro. Ao contrário, nas regiões do norte do país, o povo conhece esse problema e ficou desde muitos anos sensibilizado sobre o assunto.
Um dos grandes programas do governo federal foi de dar a cada um a possibilidade de recolher a água da chuva num tanque especialmente instalado por isso.
Um outro projeito (que pode levar muitas perguntas sobre suas consequências) foi de criar canais para desviar água do Rio São Francisco pelas regiões do Nordeste e favorecer uma agricultura que sofreu muito da seca.
É certo que a falta de educação, em qualquer camada da sociedade, ficou na origem dos preconceitos que são usados para justificar as tradições e os gastos dos recursos naturais.
Três exemplos: -No setor agrícola também pode se ver coisas absurdas, como por exemplo a irrigação das produções de cana-de-açúcar ou de soja, culturas transgênicas que foram adaptadas ao clima, e que por causa de rendimento e de lucro, vão contribuir as diminuições dos recursos hídricos. Uma pura vergogne !!! A mudança climática esta mostrando que o que foi privilegiado antes, como o lucro sem limite, deve ser agora repensado. -O lava-jato, que você pode encontrar na cada esquina, e que vai ser uzado só para parecer e não pela necessidade de um cuidadoso tratamento do veículo que se justificou regularmente sem problema. -A maneira de abrir a torneira da pia mostrou que para muita gente, a quantidade de água usada não se percebe. Nos outros continentes, onde a água se pagou caro, a noção ficou diferente.
As mentalidades vão dever mudar.
A lei federal da água serviu de base para muitas leis estaduais de recursos hídricos. O crescimento e desenvolvimento de cada Estado contribuí a render complicado algumas medidas, mas uma consciência aparece.
No entanto, a falta de política no tratamento das águas sujas e dos esgotos até hoje deve ser resolvida rapidamente sob pena de, mais uma vez, tomar medidas inadaptadas na emergência.
A vontade política é mais uma vez mostrada com faltando.
Os solos do bioma Cerrado.
O solo é resultante de cinco variáveis (ao mínimo) interdependentes denominadas fatores de formação do solo que são: -o clima, -os organismos, -o material de origem, -o relevo, -o tempo
A mais desses cinco fatores de formação do solo, há também a correlação muito forte entre o solo e a vegetação.
Mas, a interação do ser humano com a natureza vai levar degradações decorrentes como o desmatamento, o uso do fogo, a substituição da flora e da fauna pela pecuária, o uso de maquinários, insumos e pesticidas, exploração da água (como já foi relatado antes), ...
Tudo disso vai contribuir a alterar vários componentes. A saída para isso é de conseguir achar soluções para estabelecer equilíbrio entre as necessidades provocadas pelo desenvolvimento da sociedade e uma natureza que foi até hoje pouco protegida.
Pela determinação da classificação dos solos, são analisadas -várias características morfológicas e físicas (cor, textura e estrutura), -e também as características químicas com a fertilidade, a acidez e a matéria orgânica.
Um outro fator é a porosidade e a profundidade dos solos.
Nas áreas de Cerrado, há diversos tipos de rochas como aquelas ricas em minerais (ferro, magnesiano) como o basalto, diabásio, gabro (magmas basálticos) e granulitos orto derivados (representados pelos tonalitos e pelos quartzo gabros granulitizados) (Mata Seca e Cerradão).
Pelas rochas pobres como os granitos, quartzitos, xistos, ardósias e arenitos, elas são encontradas em solos de baixa fertilidade.
Nas paisagens mais acidentadas, em relevos mais ou menos ondulados, os minerais rochosos são associados aos solos jovens de boa fertilidade.
Pelos relevos planos ou menos ondulados, a fertilidade natural é muitas vezes bem baixa, mas com uma riqueza importante em micronutrientes.
As características morfológicas e físicas são:
A) - A cor-
Existe uma tabela de cor padrão nomeada Munsell (a mais reconhecida nos Estados-Unidos) que consiste em a classificação de 170 cores arranjadas de forma que corresponde à aproximação simplesmente visual da cor.
Pela classificação da cor, existe também duas outras maneiras de prosseguir: a aproximação simplesmente física do tipo RVB, CIE, ... a aproximação física, mas corrigida pelos dados da psicometria (ciência estudando o conjunto das técnicas de medidas em psicologia, e também as técnicas de validação dessas medidas): CIELAB, CIELUV.
Três elementos básicos regem o sistema de cores Münsell: *-Matriz (Hue) - A cor pura, descrita entre vermelho (R), amarelo (Y), etc... o vermelho (R), o amarelo (Y), o verde (G), o azul (B), e o roxo (P), e cinco cores intermediárias que são o laranja (YR), o verde amarelo (GY), o ciano osbcuro (BG), o azul roxo (PB) e o púrpura (RP). *-Croma (Chroma) - proporção da mistura da cor fundamental com a tonalidade de cinza. Variando também de 0 a 10. *-Valor (Value) - É o tom de cinza presente na cor (“claridade” da cor), variando entre branco ( valor 10) ou preto (valor 0),
Geralmente, quando a cor ficou mais escura, maior é o conteúdo de matéria orgânica, a presença de óxidos de ferro dão tons avermelhados, as cromas menos que 2 ou 3 podem indicar processo de gleização (processo típico de ambiente com condições de redução, o que ocorre quando há saturação por água na maior parte do tempo) e a cor preto-azulado pode determinar magnésios.
B) - A textura- (quatro tipos da mais arenosa até a mais argilosa)
Depende na sua composição, da proporção de areia (formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primários), do silte (ou limo), ou de argila (composição de boa quantidade de óxidos de alumínio -gibbsita- e de ferro-goethita e hematita-).
E desse jeito, vai ter uma influencia na: -taxa de infiltração da água, -armazenamento da água, -aeração, -facilidade de mecanização, -distribuição de determinados nutrientes (fertilidade do solo).
As percentagens de argila, silte e areia mudam bastante ao longo da extensão de um terreno e a maneira em que esses diferentes tipos de grãos se distribuem é de extrema importância na disseminação da água no solo.
No Brasil existe uma camada superficial que é arenosa e uma subsuperficial argilosa o que resulta em uma diferença quanto à porosidade. A água acaba penetrando mais facilmente na parte de cima e lentamente na camada inferior. Isso facilita a erosão em função do relevo e cobertura vegetal ou prejudica o desenvolvimento das raízes das plantas.
C) -Estrutura-
É o agrupamento de partículas primárias que são areia, silte e argilo formando agregados que tem diversos graus de adesão (friáveis ou brandos).
A estrutura pode evoluir no tempo.
Sua classificação é baseada em: -tipo - colunar, prismático, blocos, granular, -tamanho - pequeno, médio, grande, -e tipo de grau - fraco, moderado, forte..
D) -Outras características- Textura - mudança abrupta que corresponde ao aumento de argila a pequena distância (< 7 cm de profundidade), dobrando seu teor pelo menos entre os horizontes A ou E e B na referida distância (com consequência a susceptibilidade à erosão). Matéria orgânica (humus) - Fator importante como fonte de nutrientes e também na capacidade de reter ou trocar cátions (elementos positivos químicos disponíveis pelas plantas). De um outro lado, seu alto poder de tamponamento permite de manter o equilíbrio entre as cargas do solo (complexo argilo-húmico dos solos). Porosidade - Corresponde ao volume ocupado pela água e o ar. Se importante, as trocas gasosas vão permitir o desenvolvimento do sistema radicular das plantas.
Horizontes do solo ou camadas horizontais de morfologia diferente
Essas camadas são chamadas de horizontes e dependem para sua delimitação em campo estritamente dos sentidos do pedólogo.
A soma destas camadas define o perfil do solo. Como a ação pedogenética, tal como perturbação de seres vivos, infiltração de água, entre outros, é variável ao perfil, é constante o desenvolvimento de alguns horizontes.
Basicamente um perfil de solo apresenta os horizontes: *- O - Horizonte orgânico do solo e bastante escuro, *- H - Horizonte de constituição orgânica, superficial ou não, composto de resíduos orgânicos acumulados ou em acumulação sob condições de prolongada estagnação de água. *- A - Horizonte superficial, com bastante interferência do clima e da biomassa (maior mistura mineral com húmus). *- E - Horizonte eluvial, ou seja, de exportação de material, geralmente argilas e pequenos minerais (geralmente mais claros). *- B - Horizonte de maior concentração de argilas, minerais oriundos de horizontes superiores (solo com coloração mais forte, agregação e desenvolvimento). *- C - Porção de mistura de solo pouco denso com rochas pouco alteradas da rocha mãe (mais ou menos conceito de saprólito). *- R ou D - Rocha matriz não alterada (acesso difícil).
Em qualquer lugar, é uma relação estreita e nos dois sentidos entre vegetação e solo, a vegetação depende do tipo de solo mas também a vegetação pode levar mudanças na textura com a matéria orgânica (horizonte tipo A).
Por isso, no cerradão por exemplo, as árvores caducifólios permitem de enriquecer o solo cada ano e o horizonte tipo “A” vai ser mais espesso que na mata seca, isso também
na mata de galeria (mais com árvores perenifólias), ou na mata ciliar.
O campo sujo, o campo limpo ou o campo rupestre são em geral pobres em nutrientes.
*- ordem Latossolo - Subordem Vermelho-Amarelo (solos profundos ou muito profundos de textura muito argilosa a argilosa - chapadas),
(solos constituídos predominantemente por material mineral apresentando horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A e que apresentam grande problema de fertilidade), - ocupa mais ou menos 25% do território do bioma nos tipos de vegetação seguinte Cerradão, Cerrado denso, Cerrado Típico, Mata Ciliar, Mata de Galeira,
*- ordem Latossolo - Subordem Vermelho - ocupa mais ou menos 20% do território do bioma nos tipos de vegetação seguinte Cerradão, Cerrado Denso, Cerrado Típico, Mata Seca,
*- ordem Neossolo - Subordem Quartzarênico
(solos profundos, muito bem drenados e constituídos quase que inteiramente de grãos de quartzo do tamanho areia)
- ocupa mais ou menos 15% do território do bioma nos tipos de vegetação seguinte Cerradão, Cerrado Denso, Cerrado Ralo, Cerrado Típico,
*- ordem Argiloso - Subordem Vermelho-Amarelo
(solos argilosos de todas colorações (maioria com cores amareladas), profundos (não como os Latossolos) e tendem a ser mais férteis que os outros solos do Cerrado. O terço deles são eutróficos (ricos em matéria orgânica).
*- ordem Neossolo - Subordem Litólico
(são solos rasos, não alagados, com a rocha de origem a menos de 50 cm da superfície. Propriedades em função da rocha de origem)
*- ordem Argilosos - Subordem Vermelho
*- ordem Plintossolo, - Subordem Háplico - cada um ocupou mais ou menos 5% do território do bioma nos tipos de vegetação seguinte
(solo com baixo teor de matéria orgânica, alto teor de óxidos de ferro e alumínio, e baixo teor de bases trocáveis e nutrientes (Ca, Mg, e K). Bastante frequente no cerrado).
Cerrado Denso, Cerrado Típico, Campo Rupestre, Cerrado Rupestre, Campo Sujo ...
Vários outros tipos de solo ocupam espaços no bioma cerrado mas com quantidade minimal.
As características químicas são relacionadas com a fertilidade do solo que pode ser alta ou baixa.
As principais fontes naturais de nutrientes das plantas superiores que se desenvolvem nos solos são os minerais primários das rochas e os resíduos orgânicos.
A composição e estrutura da rocha e os processos de intemperismo (ação da água, plantas, temperatura, microrganismos, vento, entre outros, no processo de desagregação física e modificação química dos materiais expostos à superfície terrestre) são os principais condicionantes da quantidade e qualidade dos nutrientes minerais dos solo.
Mas, as consequências do intemperismo pode levar também diminuição da fertilidade dos solos.
A grande maioria das rochas não contem nitrogênio em sua composição e portanto não suprem este elemento ao solo por ocasião do intemperismo.
Outros mecanismos, como a fixação biológica do nitrogênio, são necessários para suprir este nutriente no solo. A quantidade e qualidade de nutrientes originários da decomposição de materiais orgânicos é função da composição bioquímica do vegetais, das propriedades físico-químicas e mineralógicas do solo e condições climáticas e topográficas do lugar.
O grau de acidez tem um papel importante nesse equilíbrio.
Os principais minerais que podem se encontrar nos solos e nas contribuições químicas de troco no solo são: o nitrogênio, o fósforo, o potássio, o cálcio, o magnésio, o enxofre, ...
A área do Cerrado e seus sistemas, e também das chapadões do Brasil central se espalhou entre os Estados do Maranhão, do Tocantins, de Goiás, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais e de Saõ Paulo. O parque Nacional do Xingu é integrante do Domínio Equatorial Amazônico ou Tropico Úmido, mesmo se pode se encontrar alguns elementos comuns ao sistema que nos interessou nesse site.
A população englobou 26 povos de características culturais variadas.
No dia atual, isso não pode ser utilizado para dar uma qualquer noção sobre o que foi a história dessas populações nos séculos passados, antes de sua ocupação pelo colonizador.
Os grupos indígenas sobre vivantes são: (Ver Povos indígenas no Brasil) Guajajara, no centro-sul do Estado de Maranhão, Urubu-kaapor, no noroeste do Estado de Maranhão em áreas de transição entre o Cerrado e a Amazônia, Guajá, no centro-sul do Estado de Maranhão até o norte do Estado de Tocantins (últimos povos caçadores e coletores no Brasil), Tembé, no noroeste do Estado de Maranhão, Gavião, Estado de Maranhão, Krikati, Estado de Maranhão, Krikati/Gavião no Estado de Maranhão, Timbira, Estado de Maranhão, Canella Apaniekra, Estado de Maranhão, Canela Rankokamekra, Estado de Maranhão, Bakairi, na região da Chapada dos Guimarães, ao este do Estado de Mato Grosso, Bororó, Estado de Mato Grosso, Xavante, ao este do Estado de Mato Grosso, Javaé/Karajá, Estado do Tocantins, Karajá, Estado de Goiás, de Tocantins e pouco no Estado de Mato Grosso, Karajá, Estado de Tocantins, Tapirapé, Estado de Tocantins e Estado de Mato Grosso, Avá-Canoeiro, Estado de Goiás (Cavalcante, Minaçu, ...), Xerente, Estado de Tocantins, Krahô, Estado de Tocantins, Apinayê, Estado de Tocantins, Guarani, Estado de Mato Grosso do Sul e Estado de Tocantins, Kadiwéu, Estado de Mato Grosso do Sul, Terena, Estado de Mato Grosso do Sul, Camba, Estado de Mato Grosso do Sul.
As fontes de documentações são variadas, uma delas é a publicação em dois volumes publicados pela Embrapa com título - Cerrado – Volumo 1 Ecologia e flora - de Sueli Matiko Sano, Semíramis Pedrosa de Almeida e José Felipe Ribeiro.
A qualidade dos pesquisadores das fontes de dados fazem desse livro uma referência par ter um ponto de vista geral sobre o bioma cerrado.
Bororó, Estado de Mato Grosso,
